DIEESE LANÇA O ÍNDICE DA CONDIÇÃO DO TRABALHO (ICT-DIEESE)

O Dieese lançou nesta quinta-feira (25) em São Paulo o Índice da Condição do Trabalho (ICT-Dieese), um indicador criado com o propósito de monitorar a condição dos trabalhadores e trabalhadoras do país, levando em conta o emprego, a renda e as relações contratuais.

O índice varia entre 0 e 1, quanto maior melhor a condição do trabalhador, e é resultado da composição de três dimensões: ICT-Inserção Ocupacional (formalização do vínculo de trabalho, contribuição para a previdência, tempo de permanência no trabalho); ICT-Desocupação (desocupação e desalento, procura por trabalho há mais de cinco meses, desocupação e desalento dos responsáveis pelo domicílio) e ICT-Rendimento (rendimento por hora trabalhada; concentração dos rendimentos do trabalho).

O indicador não define a condição ideal do trabalho, mas indica que quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero, pior. O ICT encerrou o último trimestre de 2018 em 0,36, um nível baixo, refletindo uma piora da condição de trabalho no Brasil em relação ao mesmo período do ano passado (0,39), embora com ligeiro avanço em relação ao trimestre anterior, que marcou 0,34.

Conforme síntese divulgada pelo Dieese, “ao longo de 2018, aumentou o trabalho informal e houve pequena redução da desocupação, dentro da sazonalidade esperada, e crescimento da desigualdade nos rendimentos do trabalho. O ICT sintetizou esses resultados.

“Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2018, os indicadores apresentaram leve melhora, principalmente devido à redução da taxa de desocupação e ao aumento dos rendimentos médios. O tempo de procura por trabalho, entretanto, não se alterou. Também houve crescimento das ocupações desprotegidas.

“Na comparação entre o quarto trimestre de 2017 e o de 2018, o ICT-DIEESE apontou que a condição do trabalho no Brasil piorou, com ampliação da desigualdade de rendimentos, ligeira alta do rendimento médio, crescimento do trabalho informal e do tempo de procura por trabalho.”

Portal CTB

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