JOÃO ALVES: BOLSONARO, UM GOVERNO CONTRA OS TRABALHADORES

Primeiro, o governo liberou o “toma-lá-dá-cá” para aprovar a nefasta reforma da Previdência, em primeiro turno, na Câmara de Deputados. Cerca de R$ 850 bilhões sairão do bolso dos trabalhadores e vão para o pagamento dos juros da dívida pública a banqueiros e rentistas.

As novas regras representam, na prática, o acesso mais difícil – quase impossível – à aposentadoria. O brasileiro vai precisar trabalhar e contribuir mais, mas se aposentará mais tarde e com um benefício menor. Já os privilégios – as super-aposentadorias – continuam valendo. Só os trabalhadores vão pagar essa conta.

A reforma ainda estava em tramitação na Câmara quanto conhecemos um novo ataque do governo Bolsonaro aos trabalhadores: a medida provisória (MP) 881/2019, chamada de “MP da Liberdade Econômica” – umas iniciativa que piora ainda mais a legislação trabalhista.

Direitos são retirados. Negociações e acordos coletivos podem ser anulados, aumentando a exploração e tratando sem distinção, por exemplo, o trabalho aos sábados, domingos e feriados. Se a MP for aprovada, as empresas passam a decidir se vão ou não vão eleger comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas). A Justiça de Trabalho será cada vez mais uma carta morta.

Precisamos derrotar cada uma dessas medidas e resistir. Para isso, é preciso fortalecer os sindicatos – e é fundamental unificar vários setores da sociedade em defesa do Brasil. Não vamos desistir!

João Alves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, é membro do Conselho Consultivo da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil)

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