COMÉRCIO ELETRÔNICO CRESCE 26,7% AO ANO
A crise provocada pela pandemia e a necessidade do isolamento social para contenção da propagação do vírus atinge toda a economia, porém seus impactos não são lineares nem homogêneos. A crise para alguns negócios, torna-se oportunidade para outros. É o caso, por exemplo, do comércio eletrônico, que tem crescido neste período. Grandes redes têm investido na ampliação das suas plataformas eletrônicas para atender ao crescimento do comércio digital, que, para algumas redes, já representa 20% das vendas. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o faturamento do comércio eletrônico no Brasil alcançou R$ 20,4 bilhões, uma alta de 26,7% em relação a mesmo período de 2019. Embora ainda seja relativamente pequena a participação no comércio total (5,4%), as taxas de crescimento das vendas via internet nos últimos anos são impressionantes, superando sempre os percentuais registrados para o comércio como um todo.
O desenvolvimento tecnológico, a globalização, a inclusão digital e, agora, a pandemia da Covid-19, encurtaram distâncias, o que ampliou as possibilidades para os consumidores de aquisição de produtos de fornecedores de qualquer lugar do mundo e acelerou a expansão do comércio eletrônico, tornando imprescindível que as novas transformações do trabalho sejam reguladas de maneira favorável aos trabalhadores. Além disso, a legislação tributária e a capacidade de fiscalização precisam acompanhar a mudança da realidade econômica. É importante trazer esse debate para a sociedade e para a categoria comerciária, visando novas estratégias de ação para o enfrentamento das transformações em curso.