Com panfletos, adesivos e faixas, o Sindicato dos Comerciários fez uma grande maratona de visitas aos supermercados nesta quarta-feira (23), reivindicando a vacinação imediata dos trabalhadores e trabalhadoras em supermercados, contra a Covid-19. O Sindicato lançou uma campanha, onde justifica a necessidade de imunização destes funcionários e funcionárias.
“Os supermercados não pararam um dia sequer durante a pandemia. A jornada de trabalho é longa, são ambientes fechados, com ar condicionado, além do fluxo de pessoas ser intenso. Desde o ano passado os trabalhadores estão expostos ao risco, por mais que sejam seguidos todos os protocolos de segurança. Inclusive perdemos um funcionário do Big Bompreço para a covid”, recorda Amanda Santos, vice-presidenta do Sindicato.
Além de chamar a atenção da população e dos clientes para a gravidade do que ocorre nos supermercados, as manifestações visaram sensibilizar o prefeito Augusto Castro e a secretária de Saúde Lívia Mendes Bomfim, que têm autonomia para priorizar a vacinação destes trabalhadores. “O Brasil tem a maior taxa de mortalidade do mundo, são mais de 2 mil mortes por dia, e não há nenhuma perspectiva para inclusão destes desses trabalhadores e trabalhadoras do setor de supermercados, que atendem milhares de pessoas, para inclusão no calendário de vacinação do município de Itabuna. Ou seja: os trabalhadores em supermercados são essenciais para garantir que a população possa se alimentar, mas não são essenciais para serem vacinados”, ponderou Jairo Araújo, diretor do Sindicato dos Comerciários.
Durante as intervenções, as lideranças do Sindicato criticaram a postura do governo federal, responsável direto por mais de meio milhão de mortes causadas pela pandemia. “Este presidente, que negou no ano passado a compra da vacina mais de cinquenta vezes, é o mesmo que nega o uso da máscara, que estimula aglomerações e rejeita medidas para conter a pandemia. Estamos perdendo vidas para uma doença que já tem cura”, pontuou Jairo.
