Com dívidas de R$ 40 bilhões e queda de quase 80% no valor das ações em um único dia, a Americanas vive a incerteza quanto à sua sustentabilidade financeira. Tal situação preocupa o Sindicato dos Comerciários de Itabuna, que representa dezenas de trabalhadores e trabalhadoras da loja, alocados em duas filiais. Em todo o Brasil são mais de 44 mil funcionários e funcionárias vivendo em clima de incerteza.
O colunista do UOL, Carlos Juliano Barros, analisou o que pode acontecer se a rede fechar lojas ou declarar falência. Teria demissões em massa? Segundo o último relatório anual de 2021, a empresa tem cerca de 85% dos trabalhadores permanentes e 15% temporários. A informação é de que não haverá demissões.
Na situação atual, antes de declarar a insolvência total, a empresa pode passar por um processo de recuperação judicial, por meio do qual é possível negociar o pagamento de suas dívidas.
E SE FECHAR? Segundo Carlos Juliano, se fechar as portas, os funcionários recebem sua parte antes de fornecedores, de lojistas que venderam seus produtos no marketplace das Americanas e de outros credores, como o banco BTG, que têm dinheiro a receber da empresa.
Reportagem do site Metrópoles dá conta de que há mais de 7 mil processos em curso contra a Americanas na Justiça do Trabalho. Em valores atualizados, as dívidas com os ex-funcionários superam R$ 3 bilhões.
A outra possibilidade é a empresa não abrir falência, mas ser obrigada a fechar lojas e enxugar o quadro de funcionários para equilibrar o caixa.
“O Sindicato dos Comerciários está acompanhando com atenção os desdobramentos na Americanas e tomaremos todas as medidas judiciais e políticas para garantir o emprego e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Joab Alves Batista, presidente do Sindicato dos Comerciários de Itabuna.
