CARTA ABERTA AOS/AS COMERCIÁRIOS/AS DE ITABUNA, POR MARCOS DANTAS
São 77 anos de história desde a fundação lutando pelos direitos dos/as trabalhadores/as de comércio na cidade de Itabuna. Esta premissa já seria suficiente para definir a representatividade de uma instituição que se coloca completamente ao lado de quem realmente move o comércio de Itabuna: o proletariado.
O Sindicato dos Comerciários de Itabuna chega a 2023 com uma mulher preta na presidência (Amanda Santos) que sugeriu incrementar na pautas de luta da organização assuntos que permeiam o mundo das mulheres trabalhadoras do comércio.Como relato de experiência, posso afirmar para todos/as leitores/as que as reuniões para tratativas de convenção coletiva são tensas e acreditem, trabalhadores/as: os patrões não facilitam e além disso, sugerem pautas que retiram direitos já conquistados outrora.
Estive em uma reunião e pude perceber que se não fosse o sindicato, direitos básicos já seriam cortados, isso porque, são corriqueiramente atacados nessas negociações. Ouve-se de tudo: “trabalhador tem muitos direitos”, “está difícil ser empresário”, “qual a finalidade de fornecer ticket alimentação?” etc.Faço aqui um adendo, aos/as trabalhadores/as de balcão de farmácia (atendentes): levou-se um piso justo como proposta pela função característica praticada por esses/as profissionais, entretanto, os representantes patronais rechaçaram e não quiseram negociar uma possível discussão acerca do assunto.
Acredite, trabalhador/a do comércio de Itabuna… seus direitos são literalmente atacados e é necessário que haja engajamento, participação e luta para que o sindicato consiga garantir novas conquistas sem nenhum retrocesso.
Texto por: Marcos Dantas, Diretor do Sindicato dos Comerciários de Itabuna e Região e Funcionário da Farmácia Indiana.