Por Cláudio Mota
Notícia boa para a economia e as empresas é importante em qualquer cidade, como a que mostra o Itão Supermercados ocupando o 3º lugar em faturamento no ranking do varejo alimentar. A empresa registrou faturamento de R$ 241,356 milhões em 2023. Esse ranking é elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e foi divulgado na última semana. A entidade considera esse um dos setores mais fortes, dinâmicos e representativos da economia brasileira.
“A colocação de empresas baianas no ranking é indiscutivelmente uma conquista significativa que aponta o crescimento do setor supermercadista na Bahia. Através de parcerias estratégicas, programas de capacitação e iniciativas inovadoras, continuaremos a fortalecer a posição do Itão Supermercados e de outras empresas locais no mercado nacional de supermercados”, afirmou o superintendente da Associação Baiana de Supermercados (ABASE), Mauro Rocha.
COMERCIÁRIOS “IRADOS” – A notícia é boa para a economia de Itabuna, mas os comerciários estão “irados” com a postura dos supermercados na negociação da campanha salarial. Tanto é que, em assembleia no dia 11 de abril, rejeitaram as propostas patronais e manifestaram indignação. É que os empresários querem reduzir e acabar com alguns direitos, como quebra de caixa, e limitar o triênio. Além disso, oferecem reajuste de apenas 2%.
Segundo a presidenta do Sindicato, Amanda Santos, são propostas abaixo das necessidades dos trabalhadores. “Se o Itão comemora essa posição privilegiada, deve muito ao esforço e à dedicação da nossa categoria. A situação é boa também para as outras redes. Não dá para celebrar bons números e emperrar a negociação. É fundamental valorizar e respeitar aqueles que são a base de seus negócios. A campanha salarial é o momento dos empresários reconhecerem os seus funcionários e funcionárias, oferecendo um reajuste decente e sem querer retirar ou reduzir direitos”, afirma.
De acordo com o presidente da FEC Bahia, Jairo Araújo, nas negociações com os supermercados, o Itão tem o maior poder de influência e decisão. “Esse poder econômico tem sido nocivo aos comerciários do setor. Diversas categorias na Bahia, com a mesma data-base, tiveram reajuste de mais de 6%, quase o dobro da inflação (de 3,86%). Mas, em Itabuna, a comissão patronal liderada pelo Itão propõe reajuste abaixo da inflação e retirar direitos. Um absurdo”, enfatiza.
